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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Maria Clara e as fadinhas

Num pequeno vilarejo localizado na fronteira, as pessoas andavam muito preguiçosas e sedentárias. Era difícil levantar da cama pela manhã, mais difícil ainda era sair para o trabalho, como muitas das famílias viviam da plantação e colheita de frutas e legumes, já se apresentava falta de alimentos no vilarejo.
O povo já não sabia o que fazer, a comida estava acabando e as famílias tinham que se alimentar, as crianças já estavam ficando magras e fracas. Foi quando um dos grandes comerciantes daquele pequeno lugar, esquecido na fronteira resolveu fazer uma viagem até a cidade grande, ficou lá por cerca de uma semana e quando voltou trouxe um estoque de uma massinha de todos os sabores, o suficiente para abastecer a cidade por um bom tempo.
Com o abastecimento de alimentos, os homens acharam que não precisavam mais plantar, pois era um trabalho muito cansativo. Todos conseguiam se alimentar bem e as crianças estavam, novamente, fortes e gordinhas, mas uma doce menina começou a notar uma triste diferença no vilarejo. As flores estavam murchando, o verde da grama e das árvores já não era mais o mesmo, os animais já não eram tão alegres quanto antes.
A pequena menina resolveu correr pelo bosque atrás de uma solução. De repente, Maria Clara ouviu uma vozinha baixinha lhe chamando, era a pequena fadinha que vivia na plantação de seu pai. A fadinha começou a explicar para Maria Clara que naquele vilarejo vivia um grupo de fadas da plantação, cada vez que as famílias plantam e colhem, elas se fortalecem e deixam a cidadezinha muito mais bonita. Mas, agora, com o abastecimento daquela massinha, elas estavam ficando muito fracas, não conseguiam mais intensificar o verde das árvores, da grama ou o colorido das flores.
Maria Clara colocou a fadinha num galinho de árvore para que não corresse o risco de ser pisada e saiu logo a correr pelo vilarejo, de casa em casa, explicando a cada criança e sua família que deveriam voltar a plantar, pois, se não retornassem ao trabalho, todas as fadinhas da plantação iriam morrer e a cidadezinha, antes tão bonita, acabaria morrendo com elas.
As pequenas fadinhas juntaram o que ainda restava de forças e se colocaram a esperar as famílias em frente a suas plantações. A comoção de Maria Clara trouxe todos os habitantes de volta a ativa, plantaram todas as sementes e mudas que tinham guardadas. As vozes dos pequenos seres se uniam para um grande agradecimento, já que estavam conseguindo se recuperar.
No dia seguinte Maria Clara acordou com um belo jardim, florido e colorido, logo correu para fora de casa, de pijama mesmo, para admirar tamanha beleza. E, como presente especial, as fadinhas fizeram crescer flores o suficiente para escrever a frase: “Obrigada, Maria Clara!” E, assim, aquele velho vilarejo voltou a viver e prosperar, com a ajuda das singelas fadinhas e com a sempre disposta a ajudar, Maria Clara, a menina da grande inspiração. 

Um comentário:

  1. Legal! Ótima mensagem! As fadinhas estão por aí, compondo jardins. Compete a nós sermos como Maria Clara e corrermos com otimismo pelo bosque. Grande beijo, Bianca!

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